03/01/2009
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João Batista utiliza o tema habitual da pregação profética denunciando o pecado, de modo ainda mais intenso diante da vinda de Jesus que irá inaugurar o Julgamento, o que é anunciado como iminente.
João Batista utiliza o tema habitual da pregação profética denunciando o pecado, de modo ainda mais intenso diante da vinda de Jesus que irá inaugurar o Julgamento, o que é anunciado como iminente.
Ele volta para os fariseus e os denomina “raça de víboras”. Estes se separando dos demais membros do povo, olhava-os do alto e de longe, com desprezo. Sem falar da hipocrisia que os caracterizava, pois observavam uma vida rigorosa só de fachada.
Os saduceus formavam o partido sacerdotal e tinham uma vida instalada, muito mais politizada. Estavam alinhados com o poder romano até mesmo em algumas questões religiosas.
Ao falar da ira que está para vir, ele se refere ao dia do julgamento e, ao mesmo tempo, suas palavras soam como um apelo à conversão e à penitência:
“Fazei, pois dignos frutos de penitência”.
Não só uma boa vontade vaga, mas atos que sejam fruto de uma penitência interior.
Atos, não só formais e exteriores, mas que fossem testemunhas indispensáveis e assim a árvore fosse reconhecida por seus frutos.
A pregação de João Batista tem assim um triplice anúncio:
A aproximação do Reino-Julgamento; Fazer penitência, conversão; Evitar o perigo de serem presas do pecado.
Caso contrário a árvore será cortada e jogada ao fogo, ou seja, pelo fogo será julgado o valor da obra.
“Porque, comenta S. Agostinho, existem dois reinos e dois povos, o de Cristo e o do diabo”.
Por isso, João Batista dirá mais adiante que
“aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo”.
S. Hipólito dirá que “a água está significando o Espírito e o fogo, o sangue”,
que segundo S. Agostinho significa “a tribulação que iram padecer os fiéis pelo nome de Cristo”. ”Senhor Jesus Cristo, enchei-me com o poder de vosso Espírito Santo e deixai-me crescer no conhecimento de vosso amor e de vossa verdade. Que vosso Espírito inflame meu coração de modo que eu possa conhecer e amar mais fortemente vossa mensagem em todas as coisas”.
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