Bom dia meus irmãos! Hoje desejo a vocês a "Simplicidade de Jesus".
Comecei desejando a simplicidade de Jesus, pois é isso que percebo que tem faltado para algumas pessoas. Não conseguimos quebrar a casca de nossos corações, por falta de ousadia, por falta de sinceridade conosco, por falta de simplicidade no nosso coração.
Certa vez ouvi o Padre Léo dizer que um de seus filhos de Bethânia, esteve hospedado com ele num hotel, e enquanto ele escovava os dentes, o filho dele arrumou a cama do hotel. Depois ele explicou ao seu filho, que o hotel tem um serviço que arruma o quarto.
Isso me tocou profundamente. Há muito tempo que tenho me policiado nisso. Apesar de ajudar muito dentro de casa, varrendo casa [
adoro isso, é minha terapia], sei lavar roupas, pratos, enfim quase tudo de casa eu sei, menos cozinhar. Nossos pais nos criou assim, se tinha quatro maçãs, eles não davam aos quatro filhos, partiam em quatro pedaços cada uma delas e dava um a cada filho, nos ensinaram a dividir, e nos prepararam para a vida.
E Bethânia é uma escola para a vida. Ela nos ensina lições valiosas, que nos fazem renascer. Por isso consegue resgatar tantos vicíados, a pedagogia de Bethânia é fantástica. Toda vez que eu como e não lavo meu prato, minha consciência me cobra. Eu falho nisso e muito, prefiro arrumar uma casa toda e passar pano, do que lavar prato e roupa.
Mas eu aprendi que para fazer isso, só precisa de uma coisa:
Querer! Pelos problemas de saúde de minha mãe, nós que somos filhos precisamos fazer isso tudo, precisamos cuidar da casa bem. Mesmo ela sendo cardíaca, ela faz isso tudo, porque ela não consegue ficar sem fazer [é teimosa também, mas aí temmuito de Deus, porque há muitos cardíacos que até para amarrarem cadarços do sapato, tem dificuldades e minha mãe já venceu três enfartes e três edemas pulmonares], mas tudo aquilo que posso fazer pra evitar, eu faço e deixo ela fazer as coisas mais simples.
Agora é que entra a minha partilha, a minha sinceridade. Eu tenho visto e também ouvido muito, pessoas que tem absolutamente tudo para serem felizes. São formadas, tem empregos fixos, tem namoradas, namorados, esposo ou esposa, tem SAÚDE, ou seja, tem tudo o que qualquer pessoa desejaria ter, mas não tem paz de espírito.
A nossa cura interior, começa a partir da simplicidade de coração. Se não conseguimos arrumar nossas camas, como vamos arrumar os nossos corações? Como vamos controlar nossas emoções, senão conseguimos controlar o quanto gastamos desncessariamente? Como vamos vencer nossos vícios, se não conseguimos tirar o lixo de dentro de casa? Essas coisas do dia a dia são tão simples, mas para algumas pessoas tão difíceis. Vejo pessoas que são fantásticas em suas profissões, mas acordam e nem dão bom dia a família. São capazes de dar a vida pelos seus amigos,
mas não são capazes de dar a própria vida para superar suas próprias dificuldades. Conheço pessoas que tem carros e motos, e lavam toda semana, deixam impecáveis, endeusam seus bens materiais, mas não são capazes de lavar o coração, não são capazes de lavarem a própria roupa. Vejo pessoas que são capazes de pintar um apartamento ou uma casa de algum amigo, mas não são capazes de tirar sequer a poeira do seu ventilador.
A cura interior é uma luta, o Padre Léo falou muito sobre isso.
É preciso termos a coragem de rasgar as nossas vestes, as nossas máscaras diante de nós mesmos. O triste de tudo isso que falei aí, é que nós somos responsáveis, pelo que sentimos de bom e de ruim e com atitudes como essas vamos construindo nossas próprias infelicidades.
É por essas atitudes, que explicamos porque nossos relacionamentos vão mal, nossos trabalhos, nosso grupo de oração, nossa família, nosso relacionamento com Deus, se meu coração tá tão sujo assim, tão bagunçado, vocês acham justo que Deus venha organizar, quando Ele nos deu essa capacidade?
Eu falo tudo isso, graças a Deus e a mim que estou tendo a coragem de tirar minhas máscaras para mim mesmo e pagar o preço de minha felicidade, de meus sonhos, de minha cura interior diária! E isso não me faz ser nem melhor nem pior do que essas pessoas, pelo contrário, por ter essa consciência
eu preciso cada vez mais servir, cada vez mais amar, cada vez mais acolher. Mas gostaria também de alertar uma coisa. Muitas vezes nós ajudamos as pessoas amadurecerem, com o nosso silêncio.
Muitas vezes é necessário deixar as pessoas colherem as consequências de suas próprias escolhas. Pois as vezes nós nos doamos tanto pelos outros e só recebemos desprezo e ingratidão, e o padre Léo é enfático:
"Amar não é facilitar a vida do outro.""Muitas vezes as pessoas nos mostram que não estão aptas ou não querem mudar", não querem amadurecer e muitas vezes não estão no tempo delas. E também precisamos respeitar o modo que cada um vê sua vida, por mais que estejamos vendo atitudes que poderiam ser melhoradas, devemos respeitar e silenciar,
e no silêncio de nosso coração rezar por elas. É muito triste, ver as pessoas se iludindo, querendo enganar a si mesmas, se matando aos poucos.
Mas ser cristão também é ter o amor próprio, é cuidar de si mesmo, é dar o nosso melhor para nós mesmos. Jesus sempre que ia realizar um milagre ele sempre perguntava o que a pessoa queria que ele curasse.
Então a salvação sempre é por via dupla, uma de Deus e outra de cada um de nós. Então não podemos tratar as pessoas como coitadinhas, vítimas, com pena dela, isso não ajuda a ninguém a crescer, devemos olhar elas por igual, dar a rede para elas pescarem, e mostrar que se nós conseguimos, eles também conseguem.
Espero que essa postagem sirva para algumas pessoas repensarem suas atitudes,
a nossa primeira Igreja, o nosso primeiro serviço é dentro de nossa casa, dentro de nossa família, não adianta limpar a casa de Deus se a nossa casa está imunda, precisamos começar em casa e continuar fora dela, sobretudo a nossa casa maior:
o nosso coração!Será que você arrumará sua cama amanha pela manhã?
Abraço fraterno...
Jonathan Melo 16.09.2010
Unidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos. 
