Esta parábola das bodas, registrada somente por Mateus, foi proferida por Jesus, em Jerusalém, em sua última semana de vida sobre a terra. Essa última semana de vida de Jesus, em Jerusalém, foi de conflito contra todos os líderes religiosos: sacerdotes, escribas, fariseus, anciãos do povo. Na verdade, o mentor desta guerra contra Jesus era Satanás que queria se opor ao plano de Deus.
Na parábola das bodas, Jesus fala que o reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas. Estes, porém, não quiseram vir mesmo depois que o chamado foi renovado, com a observação de que tudo já estava preparado. Houve não só manifestação de indiferença como também até uso da violência contra os servos do rei, alguns dos quais chegaram a ser mortos. O rei, então, enfurecido, mandou seus exércitos, destruiu os homicidas e incendiou a cidade, tendo, então, chamado pessoas de fora dos limites da cidade para participar das bodas, sendo, então, recolhidos bons e maus. Com a festa nupcial cheia de convidados, o rei foi observar os convidados e encontrou um homem sem trajes nupciais que, depois de interrogado e nada ter dito, foi lançado às trevas exteriores, onde há pranto e ranger de dentes. Por isso, concluiu Jesus, muitos são chamados e poucos, escolhidos. Esta afirmação de Cristo deve ser verificada dentro do contexto da parábola. O rei chamou muita gente, mas aqueles que atenderam ao seu convite e participaram efetivamente da festa foram poucos, em relação à população convidada. Havia muita gente no banquete, mas esta muita gente era pouca em relação aos que haviam sido convidados. Do mesmo modo, os salvos são poucos em relação a toda a humanidade, que foi convidada para a salvação. O chamado é para todos, mas os escolhidos, ou seja, aqueles que atenderam ao chamado e se trajaram convenientemente, são poucos. Vemos, pois, que, ao contrário do que dizem alguns, este texto, ao invés de ser base para a doutrina da predestinação, confirma que a escolha é resultado do exercício do livre-arbítrio dos salvos.
De diversas maneiras o Senhor tem insistido conosco e, se não atendemos ao seu chamado, corremos o risco de que chegue o dia em que talvez nem tenhamos mais chance de sermos convidados. Outros ocuparão o nosso lugar. Porém, para atender ao convite do Senhor, não nos basta apenas ir e estar presente. Teremos, ao mesmo tempo, de assimilar a mentalidade do Evangelho, vestir a veste branca dos ensinamentos do Senhor, porque do contrário, destoaremos. Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa. Quantas pessoas nós encontramos no meio da comunidade ou da Igreja que teimam em não acolher os mandamentos de Deus e têm a sua concepção própria servindo muitas vezes de pedra de tropeço para outros que desejam seguir as práticas evangélicas. Neste caso, apesar de estarmos presentes de "corpo" poderemos ser enxotados e não haver mais lugar para nós dentro do reino. Quando aceitamos o convite de Jesus para participar do Seu reino precisamos nos desvencilhar de todos os nossos conceitos e preconceitos e nos deixar guiar pelo Espírito Santo que nos revestirá com a veste da santidade de Deus. Será que você também não é como este homem da veste diferente que a todo momento se posiciona contrário e dá testemunho falso dentro da sua família ou comunidade? Perceba como são as suas reações e veja se você precisa se emendar. Porque a festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a Obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo é insubstituível. Nem Moisés foi considerado insubstituível, até mesmo no momento em que mais Israel precisava dele, que era a conquista de Canaã.
Os propósitos de Deus não são frustrados - Pela Bíblia sabemos que Deus tem um plano, elaborado. E Ele trabalha de acordo com esse plano, zelando pelo seu fiel cumprimento; sabemos que Deus remove todo e qualquer obstáculo que tentar impedir a realização do seu plano, bem como substitui toda e qualquer pessoa, grupos, povos, nações, denominações evangélicas, que se recusarem a colaborar para a realização de seu plano.
Na parábola das bodas, o rei não adiou, e não cancelou a festa das bodas de seu filho, devido a recusa de seus convidados, os quais, segundo ele, não eram dignos. No dia determinado a festa nupcial ficou cheia de convidados. Os que rejeitaram o convite ficaram de fora, perderam a oportunidade que lhes fora oferecida; outros convidados ocuparam seus lugares, e a festa se realizou. Eu e você, meu irmão, não somos insubstituíveis, seja qual for o trabalho que estamos fazendo. Se nós recusarmos, Deus levantará outros, porque nada e nem ninguém poderá impedir a realização do seu plano.
A festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo, é insubstituível.
Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti para que não seja excluído da festa nupcial. Pois com ou sem eu a festa não deixa de ser realizada.